Em meados da década de 80, o Brasil buscava novos rumos para o desenvolvimento. Com infra-estrutura consolidada e recém-saído de um regime militar, o País procurava crescer em patamares próximos aos experimentados na década anterior através da exportação. O BNDES aparece então como peça-chave dentro da estratégia de retomada do crescimento do Brasil. Em 1987, era lançado o Programa Integração Competitiva, com o objetivo de intensificar a atuação de produtos brasileiros no comércio exterior. Entre as medidas previstas estão recursos para financiar vendas externas e desenvolvimento de tecnologia.
"O Planejamento Estratégico feito em 1987 mudou a postura do banco. O Brasil precisava de uma inserção na economia internacional. Naquela época chamamos de Integração Competitiva que, na linguagem de hoje, é a tal da globalização", lembra Márcio Fortes, presidente do BNDES de 1987 a 1989.
"Houve uma mudança de visão do BNDES baseada na idéia de que o Brasil não precisava ser um país deficitário, porque tinha grandes projetos de investimentos que estavam gerando produtos, os quais poderiam ser exportados. Começamos a fazer uma nova política: desenvolvimento das empresas exportadoras do setor privado. O Brasil voltou a crescer", conta Júlio Olímpio Fusaro Mourão, superintendente da Área de Planejamento do BNDES, de 1992 a 1993.