Na residência de verão do Governo, no Palácio do Rio Negro, em Petrópolis, o Presidente Juscelino Kubitscheck, em 28 de fevereiro de 1957, criava a Central Elétrica de Furnas S.A., com a missão de construir uma usina que evitaria o colapso energético da Região Centro-Sul do Brasil: a Hidrelétrica de Furnas. Em 1958 tinham início as obras de barragens e túneis de desvio da Usina de Furnas. A companhia adquiria também equipamentos para a construção de linhas de transmissão e já tinha frentes de trabalho em plena atividade. Era iniciada a construção da LT Peixoto-Furnas-Belo Horizonte, para suprir a capital mineira com a energia da Hidrelétrica de Peixoto.
O sonho de JK ganhou impulso com a participação do BNDE. Em 1959, tiveram início as primeiras ações do projeto financiadas pelo Banco. FURNAS dava impulso às suas obras civis e iniciava os trabalhos relativos à LT Furnas-São Paulo. Dedicava-se, ainda, às obras de desvio do rio Grande, através de dois túneis de derivação. No segundo semestre, era iniciada a construção da Linha Furnas-Belo Horizonte, de 345 kV. Hoje, Furnas é composta por dez usinas hidrelétricas, duas termelétricas e 18 mil quilômetros de linhas de transmissão.
"O BNDES teve partipação decisiva na elaboração e na execução do Plano de Metas do governo JK, programa que implantou a infra-estrutura necessária para que o País pudesse se modernizar", comenta Lucas Lopes, presidente do BNDES de 1956 a 1958.