O sonho do penta nos pés de Ronaldo e nas mãos de Cafu

Erguendo o troféu mais cobiçado do futebol para o mundo inteiro ver, o paulistano Marcos Evangelista de Moraes ajudou a escrever novo capítulo daquela que é a história mais vitoriosa de todos os tempos no esporte: a da Seleção Brasileira. Aos 32 anos, o lateral-direito Cafu repetiu no Japão o gesto vitorioso imortalizado por Bellini, Mauro, Carlos Alberto Torres e Dunga, nas heróicas campanhas de outros quatro títulos mundiais. Antes de beijar e erguer aos céus a taça de campeão da Copa do Mundo, nosso capitão quebrou o protocolo: subiu na bancada reservada ao troféu e surpreendeu as autoridades com a sua emocionada espontaneidade. Parecia querer mostrar que o mundo está literalmente aos pés dos brasileiros. Nenhum país, além do Brasil, é pentacampeão mundial de futebol.

Marcada pela união e empenho de toda a equipe, a partida final contra a Alemanha, no Estádio Internacional de Yokohama, no dia 30 de junho de 2002, teve os ingredientes habituais das grandes decisões, com suspense, adrenalina, superação.

Com uma atuação digna dos times que integram a galeria dos grandes campeões, o grupo comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari soube ter equilíbrio para suportar a pressão adversária, sem deixar de ser esmagador no ataque. Além disso, contava com Ronaldo, que fez jus ao apelido de Fenômeno. Aos 22 e aos 33 minutos da etapa final, o atacante marcou os dois gols decisivos.

Com os 2 a 0 sobre os alemães, o Brasil coroou aquela que foi uma de suas campanhas mais expressivas em Copas. Além do recorde de sete vitórias em sete jogos, a Seleção Brasileira ainda teve o artilheiro da competição, Ronaldo, com oito gols. O atacante iguala assim a marca de Pelé, que fez 12 gols em mundiais.

Foto: Reuters



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